O governador Cláudio Castro (PL) postou nesta terça (4) um vídeo em suas redes sociais fazendo duras críticas ao governo Lula, para que ele faça sua parte no combate ao crime organizado. Em tom de documentário, o vídeo mostra o governador em um depósito lotado de armas apreendidas pelas polícias do Rio, que mais parece um arsenal de guerra. Cláudio Castro lembra que o Rio bateu recorde de apreensão de fuzis em 2024 (foram 732 apreendidos) e sem citar nomes, cobra do governo federal ações para impedir a entrada de armas no país, lembrando que nenhuma arma apreendida no ano passado foi fabricada no Rio.
Confira o vídeo: Cláudio Castro (@claudiocastrorj) • Fotos e vídeos do Instagram
“Como fuzis de guerra chegam às mãos dos criminosos no Rio de Janeiro? O Estado não fabrica armas, mas em 2024 apreendemos 732 fuzis, um recorde histórico”, questiona Cláudio Castro, sugerindo que o governo Lula controle a entrada de armas pelas fronteiras e aplique sanções a países vizinhos como Colômbia, Bolívia e Paraguai, que negligenciam o rastreamento das armas que cruzam seus territórios até chegar ao Brasil e brotar nas mãos dos vagabundos nas comunidades controladas por traficantes, fortalecendo o crime organizado.
O vídeo mostra imagens da primeira apreensão de fuzil no estado do Rio, um AR-15, ocorrida em 1989. Naquele ano um único fuzil foi apreendido. Mais de três décadas depois, dois fuzis são apreendidos por dia, o que mostra que o governo do Estado não está de braços cruzados, mas que ao fazer a sua parte está apenas enxugando gelo.
“Essas armas vêm de fora do país, atravessam fronteiras sem controle e alimentam o crime organizado. As forças de segurança do Estado agem com rigor, apreendem as armas e prendem os bandidos, mas o governo federal precisa fazer a parte dele, controlando as fronteiras e pressionando com sanções países vizinhos que ‘perdem’ o rastreio de armas”, provocou Castro.
O governador citou que está instalando nas divisas com outros estados scanners capazes de detectar drogas e armas em veículos em movimento. Mas questiona de que adianta o governo do Estado tirar estas armas dos bandidos se elas continuam entrando pelas fronteiras do país. O vídeo, preparado para explicar didaticamente o caminho das armas até o Rio de Janeiro, termina com um recado: “Entre a vida de um policial e a de um criminoso, nossa escolha é sempre pela vida daqueles que defendem você e sua família todos os dias”.
