O deputado federal André Janones (Avante-MG) está no centro de um caso polêmico envolvendo sua ex-companheira, a prefeita de Ituiutaba (MG), Leandra Guedes.
A gestora acusa o parlamentar de “pornografia de revanche”, crime previsto no artigo 218 do Código Penal Brasileiro, que trata da divulgação de conteúdo íntimo sem consentimento.
Segundo Leandra, Janones teria enviado uma foto dela, tirada durante o relacionamento, a um secretário municipal como forma de ameaça e tentativa de controle político.
Fotos íntimas, lingerie e chantagem
Segundo o portal Metrópoles, a imagem foi anexada ao processo, que tramita em segredo de Justiça. A prefeita também anexou foto de uma peça de lingerie como forma de comprovar a denúncia na Justiça.
Além disso, Leandra afirma que o deputado utilizou as imagens íntimas como instrumento de chantagem, exigindo demissões de funcionários de sua confiança e maior influência em sua gestão para não vazar o conteúdo.
A prefeita solicitou medidas protetivas à Justiça, que foram concedidas pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG).
Janones está proibido de se aproximar ou manter contato com Leandra, além de divulgar ou propagar fotos e vídeos relacionados ao caso.
O relacionamento entre os dois ocorreu entre 2014 e 2018, período em que Leandra chegou a atuar como chefe de gabinete de Janones na Câmara dos Deputados.
Após o término, o cenário pacífico mudou quando a prefeita anunciou publicamente um novo parceiro. Desde então, as eleições de Leandra foram marcadas por ameaças e tentativas de controle por parte do deputado, segundo relatos.
Violência contra a mulher
O caso levanta debates sobre abuso de poder e violência contra a mulher, com base na Lei Maria da Penha.
A defesa de Leandra sustenta que as ações de Janones representam grave violação de direitos fundamentais, afetando tanto sua vida pessoal quanto o exercício legítimo de seu mandato como prefeita.
Até o momento, a assessoria de André Janones não se manifestou sobre as acusações.
A situação segue em segredo de Justiça, mas tem gerado repercussão pública e discussões sobre ética política e proteção às vítimas de violência.
Caso sejam confirmadas as acusações, Janones poderá enfrentar penas que variam de um a cinco anos de reclusão, conforme previsto na legislação brasileira.
