Pesquisa Quaest divulgada nesta semana revelou que a repercussão do escândalo envolvendo fraudes nos descontos do INSS superou significativamente a polêmica sobre a suposta taxação do PIX.
O levantamento, que analisou 3,6 milhões de mensagens em grupos públicos de WhatsApp, Telegram e Discord entre 21 de abril e 7 de maio, apontou que o volume de menções ao caso do INSS foi 2,6 vezes maior do que o gerado pela crise do PIX.
A defesa do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apareceu em apenas 3% do conteúdo coletado. Além disso, o estudo identificou que 50% das mensagens sobre o escândalo do INSS tinham tom crítico, enquanto 47% estavam acompanhadas de notícias sobre o tema.
Vídeo de Nikolas foi implacável
A pesquisa também destacou três momentos em que o volume de menções ao caso do INSS aumentou significativamente: o primeiro ocorreu em 23 de abril, quando a Polícia Federal deflagrou a operação Sem Desconto para investigar o esquema de fraudes.
O segundo, em 29 de abril, após a divulgação do relatório da PF detalhando a extensão do problema.
E o terceiro, em 6 de maio, impulsionado pela publicação de um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que viralizou rapidamente.
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Escândalo viralizou nas redes sociais
O impacto do escândalo do INSS nas redes sociais foi tão expressivo que superou outros temas de relevância nacional, como a internação do ex-presidente Jair Bolsonaro e a discussão sobre a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, revelou também o levantamento.
Mais do que números, o monitoramento digital realizado pela Quaest mostrou o sentimento da população diante de mais um caso de corrupção do governo Lula, que contribui ainda mais para a queda de popularidade do presidente.