Durante encontro com representantes do Escritório das Nações Unidas para Assuntos de Desarmamento (UNODA), nesta segunda-feira (12/05), em Nova Iorque, o governador Cláudio Castro sugeriu a cooperação com a instituição para o combate ao tráfico de armas no Estado do Rio de Janeiro. O acordo inclui encontros bilaterais para discutir o tema, além de conferência em fórum do Cosud (Consórcio de Integração Sul e Sudeste) e criação de protocolos.
“Cerca de 90% dos fuzis apreendidos em 2024 pelas nossas Forças de Segurança são oriundos dos Estados Unidos e chegam ao país pelas fronteiras do Paraguai, Colômbia e Chile. O Rio de Janeiro não produz armamentos. Outro dado preocupante é a venda de peças para montagem de armas e também de munição, por isso viemos em busca de ajuda para dialogar com as fábricas e impedir que sejam vendidas para países onde não há controle na comercialização. Acreditamos que combatendo esse tipo de crime no Rio de Janeiro, combatemos em todo o Brasil e até em outros países”, ressaltou o governador.
Durante a reunião, o governador ressaltou ainda sobre a necessidade de mudanças na legislação penal com sanções coerentes, que não sejam favoráveis à criminalidade, principalmente em casos de reincidências. Hoje, as sentenças judiciais são dadas com base no Código Penal de 1940 e no Código de Processo Penal de 1941.
Entrega de dossiê de inteligência para autoridade americana
Os secretários de Segurança Pública, Victor dos Santos, e de Polícia Civil, Felipe Curi, entregaram ao conselheiro do Departamento de Estado Americano, Ricardo Pita, e membros do Consulado Americano um dossiê com dados reservados para garantir a denominação de terrorista às lideranças da facção criminosa Comando Vermelho (CV).
A interlocução com o governo americano permitirá um avanço no combate ao crime, principalmente na lavagem de dinheiro, garantindo o rastreio de contas no exterior, e no tráfico de armas e drogas. O dossiê mostra, por exemplo, que as facções criminosas CV e PCC têm ligações em várias partes do mundo e prova a relação deles com o Hezbollah e a máfia italiana.