Opinião
Por Jefferson Lemos/Editor
“Faça o que eu digo mas não o que eu faço”. O ditado popular parece cair como uma luva quando o assunto são os influenciadores da esquerda. Reconhecidos por acusarem a direita de difundir fake news, eles demonstram não ter limites para defender o presidente Lula, divulgando informações falsas contra Bolsonaro e seus apoiadores, que abrangem desde a política até a vida íntima do ex-presidente com a ex-primeira-dama Michelle. Promovem, ironicamente, um verdadeiro “gabinete do ódio”.
Os relatos inventados pelos influenciadores para manipular os seguidores incluem desde declarações e números tirados de contexto, como acusações não confirmadas e muita fofoca sem fundamento.
Como mostrou reportagem de Luísa Marzullo e Bernardo Mello publicada no jornal O Globo deste domingo (16/06), eles postam vídeos com títulos apelativos, que anunciam desde uma suposta “prisão” do ex-presidente até uma “traição” de Michelle sem qualquer comprovação, numa estratégia que teria o aval e simpatia de setores do PT.
Segundo a reportagem, algumas lideranças petistas são próximas a esses influenciadores e chegam a incentivá-los, apesar deles difundirem fake news. Dois youtubers citados na matéria, que aliás são filiados ao PT, tiveram encontro com Lula na pré-campanha à presidência. Um deles aparece, inclusive, em uma reunião transmitida nos canais oficiais do PT.
Ainda de acordo com a matéria, os vídeos postados costumam contradizer o próprio título. Um influenciador alega que “os títulos visam chamar a atenção para que as pessoas assistam ao conteúdo”. Outro, chega a reconhecer que veiculou uma informação incorreta, quando questionado pelos repórteres.
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, leu a reportagem do jornal O Globo e já mostrou que não gostou. Usou seu X (antigo Twitter) para dizer que é fake news.
No fim, os influenciadores afirmam que não há uma articulação formal do partido. O PT também nega essa articulação, assim como a presidência da República. Mas diante de tantas fake news, fica difícil acreditar em tudo o que dizem por aí.
* imagem Wilson Dias/EBC