Diante das mudanças climáticas e do aumento de eventos extremos, o deputado estadual Yuri Moura (PSOL), presidente da Frente Parlamentar de Prevenção às Tragédias e em Defesa da Moradia Digna, esteve recenemente na Espanha para observar soluções eficazes adotadas pelo país no enfrentamento de intempéries. Com recursos próprios, Moura visitou equipamentos públicos que atuam como refúgios climáticos, oferecendo abrigo temporário e infraestrutura adequada para proteger a população do calor extremo, do frio intenso e de outros riscos ambientais.
De volta ao Brasil, Yuri apresentou um projeto de lei inspirado nas experiências espanholas, defendendo que bibliotecas, centros cívicos, museus e outros equipamentos públicos sejam utilizados como pontos de acolhimento climático. “Estamos olhando para o futuro e propondo uma política pública essencial para garantir qualidade de vida e segurança para a população do Rio de Janeiro”, conclui.
A proposta do deputado é que o Governo do Estado e as prefeituras credenciem espaços públicos e privados voluntários para desempenharem essa função no Rio de Janeiro. O projeto de lei apresentado Alerj não se trata de criar abrigos permanentes, mas sim de garantir locais de suporte imediato para aqueles que enfrentam condições climáticas adversas. “Muitas pessoas passam mal com o calor excessivo, outras sofrem com as chuvas e inundações e, em algumas regiões, até mesmo com o frio e os ventos fortes. Precisamos oferecer alternativas para salvar vidas”, explica.
Em Barcelona, o deputado visitou o Museu Etnológico e de Cultura do Mundo, um dos 350 pontos de refúgio climático espalhados pela cidade. Esses espaços oferecem ar-condicionado, calefação, acesso à água potável e abrigo durante períodos críticos do verão e do inverno. Além disso, Moura participou de uma reunião no Parlamento da Catalunha ao lado da ministra da Saúde, Olga Pane, debatendo saúde e emergência climática.
“A solução estrutural é termos cidades mais verdes, que respeitem a natureza, reduzam a poluição e combatam as emissões de gases poluentes. Mas, enquanto trabalhamos por essa transformação, precisamos lidar com a realidade urgente. Refúgios climáticos são uma medida concreta para proteger a população”, destaca o deputado.
