O Ministério Público do Estado (MPRJ) pediu à 125ª Zona Eleitoral do Rio a cassação do mandato do vereador eleito Fábio
Silva (Podemos), bem como seja declarada sua inelegibilidade. O vereador, que tem como reduto o Complexo do Chapadão, é acusado de abuso de poder econômico e utilização da máquina pública durante a campanha eleitoral. Segundo apurou o MPRJ, Fábio Silva mandou pintar de verde, a mesma cor de sua propaganda política, vários espaços públicos e particulares, o que chamou a atenção para o tamanho da sua influência na região.
Para o MPRJ, Fábio Silva realizou serviços próprios do poder público em troca de votos, “ostentando poder paraestatal” em comunidades carentes, através da limpeza e pintura de ruas e praças, serviços de poda e capinagem de áreas públicas e particulares.
“Nesse contexto, saliente-se que a cor verde identifica tanto o seu grupo político e seus comandados com a demonstração e demarcação do seu território de influência, eis que utilizada na pintura de áreas públicas, igrejas, imóveis de moradores da região”, diz trecho da Ação de Investigação Judicial Eleitoral número 0601135-37.2024.6.19.0125, do MPRJ.
Ainda segundo o Ministério Publico, Fábio Silva também realizou ações sociais com oferecimento de aulas gratuitas de natação, hidroginástica, pilates, amplamente divulgado em panfletos distribuídos em feiras livres na comunidade, e nas suas próprias redes sociais. Empresário que opera o serviço de internet na região, ainda utilizou sua empresa, segundo as investigações, para fazer pedido de voto e propaganda irregular, intimidando eleitores com ameaças de suspensão dos serviços de internet.
Como se não bastasse, Fábio Silva impulsionou sua imagem pessoal durante a inauguração da “COZINHA CARIOCA” no bairro da Pavuna, projeto da Prefeitura do Rio de Janeiro. Na ocasião, ele realizou discurso em meio à presença de agentes públicos e políticos, afirmou o MPRJ.