O recém-divulgado Índice Global da Paz 2025, elaborado pelo Instituto para Economia e Paz (IEP), trouxe um dado já esperado: a Argentina, sob o governo do presidente Javier Milei, foi classificada como o país mais seguro para se viver na América do Sul, ocupando a 46ª posição no ranking global.
O país subiu cinco colocações em relação ao ano anterior no ranking global, impulsionado por uma queda nas taxas de homicídio, redução da percepção de criminalidade e estabilidade política, o que contribuiu para um aumento de 3,8% no seu nível de paz.
Na contramão, o Brasil liderado por Luiz Inácio Lula da Silva figura entre os mais violentos da região, aparecendo na 130ª posição global, à frente apenas de Venezuela (139º) e Colômbia (140º) entre os 11 países sul-americanos avaliados.
O relatório reflete a sensação de insegurança vivida hoje pelo brasileiro. No Brasil, pela primeira vez, a violência superou o desemprego e a saúde como a principal preocupação da população, segundo pesquisa nacional divulgada neste ano.
Violência assusta e se mantém como maior temor dos brasileiros sob o governo Lula
O avanço das facções criminosas é um dos fatores centrais para esse cenário. O Primeiro Comando da Capital (PCC), segundo investigações do Ministério Público de São Paulo, já atua em 28 países, com mais de 2 mil integrantes espalhados por quatro continentes, consolidando-se como uma das maiores organizações criminosas transnacionais do mundo. A facção utiliza presídios estrangeiros como centros de recrutamento e fortalece sua rede de tráfico de drogas, armas e lavagem de dinheiro.
Além disso, facções como o próprio PCC e o Comando Vermelho (CV) se infiltraram como mercenários nas forças militares da Ucrânia, em busca de armamentos e táticas de combate para aplicar em seus domínios no Brasil — uma estratégia que eleva o grau de sofisticação e letalidade dessas organizações.
Facções brasileiras usam guerra na Ucrânia como campo de treinamento e fonte de armas pesadas
No Brasil facções já controlam serviços essenciais em comunidades dominadas, como internet, gás e água, em uma tentativa de consolidar um narcoestado.
Em meio a esse cenário, uma pesquisa recente revelou que a maioria dos brasileiros considera o presidente Lula menos eficaz que Jair Bolsonaro no combate à criminalidade, refletindo uma crescente insatisfação com a política de segurança pública no país.
Datafolha: Lula é pior avaliado que Bolsonaro no combate ao crime e à inflação
Enquanto a Argentina colhe os frutos de uma política de segurança mais eficaz e estabilidade institucional, o Brasil enfrenta o desafio de conter a escalada da violência e recuperar a confiança de sua população. O contraste entre os dois países sul-americanos não poderia ser mais evidente — e preocupante.