O saudoso homem do baú parece não gozar mais do mesmo prestígio de outros tempos, pelo menos entre os mais jovens. Vereadores mirins da Câmara do Rio rejeitaram, nesta sexta (25), proposta que visava a dar o nome do ex-apresentador carioca, falecido em agosto deste ano, a uma escola municipal. O tema foi debatido e votado em plenário.
O resultado talvez reflita (ou não) a realidade da atual juventude, mais acostumada ao celular e às redes sociais, que tomaram o lugar da TV aberta, onde Sílvio Santos reinou por décadas.
“Eu não acho que essa homenagem atenda aos interesses da nossa comunidade. Há outras formas de homenagear o Sílvio Santos: seja com o nome de uma rua, com uma estátua, mas não com o nome de uma escola”, opinou a aluna Luna Marins, que estuda na Zona Oeste.
O projeto da Câmara Juvenil foi criado pelo presidente da Câmara, Carlo Caiado (PSD), e instituído pela Casa pela primeira vez no ano passado. É realizado com apoio da Secretaria Municipal de Educação (SME) e tem como objetivo ensinar na prática aos estudantes as noções sobre as atribuições de um vereador, o sistema político e legislativo brasileiro, entre outros temas importantes para a compreensão dos fundamentos da democracia e para formação de novos líderes.
As propostas aprovadas pela Câmara Juvenil são apresentadas aos vereadores para que possam ser transformadas em projetos de lei.