Deputados criticam ministra e condenam prioridade na distribuição de alimentos para ciganos e quilombolas em meio à tragédia no RS

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Lideranças políticas como os deputados federais Altineu Côrtes e Sóstenes Cavalcante lembram que a situação no Rio Grande do Sul é angustiante para todos, e que não só ciganos, quilombolas e terreiros estão precisando de ajuda urgente.

Eles criticam o Ministério da Igualdade Racial, comandado por Anielle Franco (foto), que pediu ao Ministério do Desenvolvimento Social para priorizar a distribuição de alimentos à estes grupos durante as ações emergenciais, em detrimento do resto da população afetada pela chuva e que também passa fome e outras necessidades.

Altineu Côrtes, líder do PL na Câmara Federal chamou de “inacreditável” o pedido e disse que o Ministério da Igualdade Racial cometeu “mais um absurdo”.

“Não podemos ignorar que mais de 200 mil pessoas estão desalojadas, a maioria delas perdendo tudo. Ainda mais doloroso são as famílias enlutadas de pelo menos 90 vítimas fatais e os entes queridos das 131 pessoas desaparecidas. É revoltante ver a priorização em um momento tão crítico. A tragédia no Rio Grande do Sul afeta a todos. É crucial que todos, independentemente de sua origem ou etnia, recebam a assistência necessária”, defende o deputado.

O posicionamento de Altineu é compartilhado pelo deputado Sóstenes Cavalcante.

“É absurdo o Ministério da Igualdade Racial, sob Anielle Franco, privilegiar ciganos e quilombolas na distribuição de alimentos, enquanto milhares de outros brasileiros enfrentam a mesma fome e desolação”.

Teólogo e cristão, o deputado ainda citou em suas redes sociais um trecho da bíblia.

“Tiago 2:9 nos lembra: ‘Mas se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, e sois redarguidos pela lei como transgressores.’ Este é um claro desvio dos princípios de equidade e justiça. O governo deve servir a todos os cidadãos igualmente, sem distinção”.

Com se não bastasse, Anielle ainda usou a tradedia das chuvas no RS para pedir votos. “Amanhã é o último dia para regularizar ou tirar o título de eleitor para votar nestas eleições (…) Votar em quem atua em prol da vida das pessoas e do povo brasileiro é o que faz a realidade mudar”, dizia trecho de mensagem postada no X (ex-Twitter) da ministra, que foi apagada logo depois.

Esta não é a primeira vez que o ministério que deveria combater a discriminação dá mau exemplo. Em setembro do ano passado, a chefe da Assessoria Especial da pasta comandada por Anielle Franco, além de viajar para São Paulo em um avião da FAB para assistir no Morumbi à final da Copa do Brasil, postou em suas redes sociais frase ofensiva aos torcedores paulistas: “torcida branca, que não canta, descendente de europeu safade…”.

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