Fraudes no INSS podem elevar idade mínima de aposentadoria para 78 anos

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Casos como o que resultou no afastamento do presidente do órgão, indicado por Lula, contribuem para acelerar reformas que equilibrem as contas da previdência, como prevê o Banco Mundial (Marcelo Camargo/EBC)

Casos de fraudes à Previdência como o que resultou na demissão de Alessandro Stefanutto, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva à presidência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), podem acelerar o processo de elevação da idade mínima de aposentadoria dos brasileiros de 65 anos para 78 anos, como já prevê o Banco Mundial para os próximos anos.

Especialistas alertam que as fraudes oneram ainda mais a previdência, dificultando o equilíbrio das contas públicas e pressionando por reformas que impactam diretamente os segurados, como a elevação da idade mínima para se aposentar.

O estudo do Banco Mundial aponta que, caso não sejam adotadas medidas eficazes para conter irregularidades e melhorar a gestão, o teto da aposentadoria no Brasil pode ser elevado para 78 anos nos próximos anos, como forma de garantir a sustentabilidade do sistema.

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Além disso, o aumento do teto da aposentadoria pode gerar consequências sociais graves, especialmente para trabalhadores de baixa renda e aqueles que exercem atividades insalubres.

A necessidade de trabalhar por mais tempo para alcançar o benefício previdenciário pode intensificar desigualdades e reduzir a qualidade de vida da população.

A operação “Sem Desconto”, que investiga um esquema de descontos indevidos em benefícios previdenciários, revelou um prejuízo estimado em R$ 6,3 bilhões, agravando ainda mais a situação do sistema previdenciário.

A previdência social, que é um dos pilares da seguridade no Brasil, precisa de transparência e eficiência para evitar que episódios como este comprometam ainda mais sua credibilidade e sustentabilidade.

O que diz o estudo do Banco Mundial?

O estudo do Banco Mundial acendeu um alerta sobre o futuro da Previdência Social no Brasil, destacando a possibilidade de aumento da idade mínima para aposentadoria.

Segundo a análise, caso nenhuma reforma seja implementada, a idade mínima poderá subir para 72 anos em 2040 e alcançar 78 anos em 2060.

O estudo baseia-se na tentativa de manter a chamada taxa de dependência — proporção entre idosos (65+) e a população economicamente ativa (20 a 64 anos) — nos níveis registrados em 2020, logo após a última reforma da Previdência.

O envelhecimento acelerado da população brasileira e a queda na taxa de fecundidade são fatores críticos que pressionam o sistema previdenciário.

Enquanto países europeus levaram cerca de 70 anos para dobrar sua taxa de dependência, o Brasil pode alcançar esse mesmo aumento em apenas 23 anos.

Essa velocidade impõe desafios significativos, já que o número de aposentados cresce mais rapidamente do que o de trabalhadores ativos.

Entre as medidas sugeridas pelo Banco Mundial para evitar o colapso do sistema estão a aproximação das idades de aposentadoria entre homens e mulheres, a eliminação das diferenças entre trabalhadores urbanos e rurais, e a revisão das regras para pensões por morte e benefícios mínimos.

Especialistas alertam que, sem reformas profundas e urgentes, o sistema previdenciário pode se tornar insustentável, impactando diretamente milhões de brasileiros.

Esses dados reforçam a necessidade de ações imediatas para garantir a sustentabilidade da Previdência e evitar que o aumento da idade mínima para aposentadoria se torne uma realidade inevitável.

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