Deputado exige punição severa para adulteração de bebidas: ‘É crime hediondo’

Jefferson Lemos
“Já consideramos crime hediondo a falsificação de produtos terapêuticos e medicinais. Agora estamos diante de uma adulteração com metanol, que tem causado mortes. É um caso análogo e merece a mesma classificação”, afirmou Lopes (Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados)

Em meio à escalada de casos de intoxicação por bebidas adulteradas com metanol, que já resultaram em mortes e internações graves em São Paulo, Pernambuco e no Distrito Federal, a Câmara dos Deputados aprovou nesta semana o regime de urgência para o Projeto de Lei 2307/07. A proposta, do então deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), classifica como crime hediondo a adição de substâncias perigosas em alimentos e bebidas — permitindo que o texto seja votado diretamente em Plenário.

O deputado Julio Lopes (PP-RJ), coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Propriedade Intelectual e de Combate à Pirataria, foi enfático: a adulteração de bebidas precisa ser tratada com o mesmo rigor que a falsificação de medicamentos.

“Já consideramos crime hediondo a falsificação de produtos terapêuticos e medicinais. Agora estamos diante de uma adulteração com metanol, que tem causado mortes. É um caso análogo e merece a mesma classificação”, afirmou Lopes.

O parlamentar também alertou para a atuação de organizações criminosas por trás das falsificações.

“Não tenho nenhuma dúvida de que quadrilhas grandes, inclusive transnacionais, estão envolvidas na adulteração de bebidas. É uma ameaça direta à vida dos brasileiros”, denunciou.

A proposta ganha força em meio à comoção pública e pode representar um marco na legislação penal brasileira, endurecendo as penas contra crimes que colocam em risco a saúde da população.

 

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Jefferson Lemos é jornalista e, antes de atuar no site Coisas da Política, trabalhou em veículos como O Fluminense, O Globo e O São Gonçalo. Contato: jeffersonlemos@coisasdapolitica.com.br
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