Diante do crescimento da violência não apenas no Rio, mas em todo o país, o governador Cláudio Castro (PL) usou suas redes sociais para fazer duras críticas à legislação ultrapassada que permitiu que um bandido preso com mais de 30 quilos de maconha fosse mandado de volta para as ruas após audiência de custódia. Doze dias depois, o criminoso foi flagrado transportando 11 fuzis para uma facção criminosa. Apesar do volume de drogas, o bandido foi solto porque era primário e não portava arma de fogo ou munições, como prevê a legislação vigente.
“Não há como a sociedade não se indignar com isso. Como pode um homem preso com mais de 30 quilos de drogas ficar apenas dois dias preso e ser solto numa audiência de custódia? E 12 dias depois ser pego novamente, desta vez com 11 fuzis, armas de guerra usadas por criminosos para matar policiais e moradores inocentes. Esse prende e solta, prende e solta tem que acabar. Precisamos de mudanças urgentes nessa legislação penal permissiva, que favorece os criminosos!”, publicou o governador.
O bandido foi preso pela Polícia Federal, na madrugada da última quinta (30), dirigindo um carro que levava 11 fuzis, de calibres 5,56 e 7,62, para o Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, controlado pelo Comando Vermelho (CV). A prisão ocorreu 12 dias depois dele ser liberado em uma audiência de custódia, após ser preso no quilômetro 203, da BR-101, em Casimiro de Abreu, no Norte Fluminense, transportando a droga.
Em audiência de custódia realizada no plantão deste último domingo (2), a Justiça acatou o parecer do Ministério Público do Estado (MPRJ) e determinou a manutenção da prisão do criminoso, que não era mais primário e, desta vez, estava armado até os dentes.
