Dois presos ligados à facção criminosa Comando Vermelho (CV) escaparam da Penitenciária Federal de Mossoró (RN), 280 quilômetros a oeste de Natal (RN). Trata-se da primeira vez que detentos conseguem escapar de uma das cinco penitenciárias de segurança máxima do país.
A fuga já está dando o que falar no meio político. O Senador Sérgio Moro (União-PR) disse que o governo Lula deve explicações.
“Desde 2006, quando foi inaugurada a primeira unidade, em Catanduvas/PR, nunca tinha havido uma fuga de presídio federal”, publicou Moro em seu Twitter, cobrando esclarecimentos do governo federal, responsável por administrar o presídio.
O deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) disse que vai apresentar requerimento à Comissão de Segurança Pública da Câmara Federal pedindo a convocação do ministro Ricardo Lewandowski, da Justiça e Segurança Pública, para dera explicações sobre a fuga dos dois detentos.
Além de acionar a Polícia Federal (PF), o Ministério da Justiça e Segurança Pública pediu o apoio das secretarias da Segurança Pública e da Defesa Social e de Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte para localizar os fugitivos.
A fuga se tornou pública na manhã desta quarta-feira (14). Segundo o ministério, todas as providências necessárias para recapturar os foragidos e esclarecer as circunstâncias da fuga já estão sendo adotadas. O secretário nacional de Políticas Penais (Senappen), André Garcia, está viajando para Mossoró a fim de acompanhar de perto a apuração dos fatos.
O governo do Rio Grande do Norte informa que entrou em contato com as secretarias de Segurança Pública da Paraíba e do Ceará para reformar a segurança na divisa dos estados.
Responsável por coordenar o sistema penitenciário federal, a Secretaria Nacional de Políticas Penais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, informa em seu site que “nunca houve fuga, rebelião, nem entrada de materiais ilícitos” nas unidades penitenciárias federais, “referências de disciplina e procedimento”.
Há, no Brasil, cinco penitenciárias federais em funcionamento. Classificadas como presídios de segurança máxima, cada unidade conta com sistema de vigilância avançado com captação de som ambiente e monitoramento de vídeo – material de vigilância que a secretaria afirma ser replicado, em tempo real, para a sede da Senappen, em Brasília.