Após fracassarem as negociações com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), policiais penais realizam assembleia em Gericinó, nesta quarta-feira (15) e podem retomar a operação padrão nos presídios do Rio a partir do dia 16. Entre as reivindicações está a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS).
Considerada intransigente pela categoria, a titular da Seop, Maria Rosa Li Duca Nebel, é apontada como um empecilho para as negociações. Em março, durante manifestação dos policiais penais na porta do Complexo de Gericinó, ela chamou o Batalhão de Choque da PM para desmobilizar o movimento pacífico, causando confronto entre as corporações. Com o dedo em riste e aos berros, demonstrou descontrole ao lidar com servidores.
Além da porta dos presídios, os agentes também fizeram manifestação em frente à Alerj, onde contam com apoio de deputados como Índia Armelau, Rodrigo Amorim, Filippe Poubel e Alan Lopes.
India Armelau denunciou as precárias condições de trabalho e de segurança nas penitenciárias. Durante visita ao Complexo de Gericinó, em março, a parlamentar constatou que apenas quatro policiais penais fazem a segurança de mais de 1,2 mil detentos do Instituto Penal Vicente Piragibe.
Filippe Poubel (PL) e Alan Lopes (PL) chegaram a reunir assinaturas necessárias para a abertura de uma CPI para apurar supostas irregularidades em contratos da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap). Entre as denúncias está a suposta cobrança de propina para o fornecimento da alimentação para os presos. A Seop nega as acusações.