Um idoso de 66 anos caiu em uma cratera aberta no meio do asfalto na Rua Capitão Mário Barbedo, em Anchieta, Zona Norte do Rio de Janeiro. O acidente, ocorrido na última sexta (13) e que poderia ter terminado em tragédia, escancarou o abandono da via pública e a negligência do poder público diante de um problema que se arrasta há mais de dois meses.
Segundo moradores da região, o buraco surgiu após fortes chuvas e o rompimento de uma tubulação de drenagem de águas pluviais, mas desde então nenhuma providência efetiva havia sido tomada. O local sequer estava sinalizado até o momento do acidente.
O idoso precisou ser resgatado por bombeiros e recusou atendimento médico. Ele não foi a única vítima: motos e até carros já haviam caído na cratera anteriormente. Mas somente após o incidente com Cláudio, a área foi isolada com fitas.

A Secretaria Municipal de Conservação informou que os reparos na via começaram nesta segunda-feira (16) e confirmou que a cratera foi resultado do rompimento de um duto de grandes dimensões do sistema de drenagem.
A demora na resposta do poder público revoltou os moradores, que denunciam o risco constante a que estão expostos. “Esperaram alguém cair para fazer alguma coisa”, desabafou uma moradora.
O caso reacende o debate sobre a precariedade da infraestrutura urbana e a falta de manutenção das vias, principalmente em áreas periféricas da cidade.
Enquanto a cratera começa a ser reparada, fica a pergunta: quantos outros buracos ainda ameaçam a vida dos cariocas? E até quando a resposta virá apenas depois do acidente?