Um apagão cibernético comprometeu nesta sexta-feira (19) o funcionamento de sistemas interconectados em todo o mundo, deixando fora do ar companhias aéreas, bancos, hospitais, supermercados, empresas de telecomunicação mídia, serviços públicos e muito mais.
Devido aos sistemas fora do ar, voos em todo o mundo foram cancelados, hospitais suspendem cirurgias, emissoras de TV saíram do ar e aplicativos de bancos deixaram de funcionar. No Rio de Janeiro, o apagão cibernético afetou o aeroporto Santos Dumont e o banco Bradesco, entre outros impactos.
O Gabinete de Segurança Institucional (GSI), ligado à Presidência da República, precisou divulgar um alerta orientando instituições e entidades ligadas à administração pública federal sobre procedimentos a serem adotados diante do apagão cibernético.
Em meio ao caos, autoridades se apressaram em afirmar que o problema foi causado por uma atualização de software da empresa global de segurança cibernética Croudstrike, que afetou o sistema da Microsoft, e negam que tenha ocorrido um ataque de hackers, embora muitos acreditem que se tivesse ocorrido, o fato não seria revelado para não gerar um caos ainda maior.
Além dos impactos em todo o mundo, o apagão cibernético mostrou a dependência que a sociedade tem da tecnologia, mais especificamente de fornecedores específicos. Falhas no sistema podem resultar num efeito cascata e comprometer o funcionamento de uma ampla gama de serviços oferecidos mundo afora.
Nesta sexta, em muitos aeroportos, os check-ins tiveram que ser feitos com a utilização de lápis e papel, o que trouxe à tona a discussão sobre a utilização da inteligência artificial e a substituição da mão de obra humana por robôs.
Não há dúvidas sobre a importância do avanço tecnológico, mas o apagão cibernético expôs a fragilidade humana, mostrando que se a sociedade se tornar refém da tecnologia pode acabar de volta à Idade da Pedra por causa de uma simples falha.