Em uma manhã que poderia ter terminado em tragédia, policiais militares do Batalhão de Rondas Especiais e Controle de Multidão (Recom) transformaram desespero em alívio. Regiane Neves Miranda, de 44 anos, correu pela Avenida Brasil, em Parada de Lucas, com o filho de 2 anos desmaiado nos braços, gritando por ajuda após ele se engasgar com pipoca.
A cena dramática chamou a atenção dos agentes, que estavam próximos ao Trevo das Missões e agiram com rapidez e precisão.
A manobra de Heimlich, que deveria estar no repertório básico de primeiros socorros de qualquer pessoa, foi executada com maestria pelos agentes, que conseguiram fazer o menino expelir o pedaço de pipoca e recuperar a consciência. Enquanto isso, outros agentes organizavam o trânsito e acalmavam a mãe visivelmente em choque.
“Meu filho estava roxo, eu não tinha como salvar ele. Deus colocou esses policiais no nosso caminho,” disse Regiane, ainda emocionada, no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, onde o menino foi atendido e estabilizado.
O ato dos policiais não apenas salvou uma vida, mas mostrou como o treinamento e a preparação para situações de emergência podem fazer a diferença. Num cenário de caos urbano como o da Avenida Brasil, onde engarrafamentos e pressa muitas vezes predominam, a sensibilidade e o profissionalismo da equipe Recom brilharam.
No hospital, a criança foi atendida e passa bem, mas o episódio escancara a importância de se investir no treinamento de equipes policiais para além da segurança pública, incluindo protocolos de saúde emergencial. A ação rápida e eficiente dos agentes evitou um final trágico e reafirma que o trabalho da polícia, muitas vezes criticado, também é um pilar indispensável para salvar vidas.