A Polícia Civil obteve um sucesso significativo nas operações realizadas após o audacioso ataque à 60ª Delegacia de Polícia ocorrido em fevereiro, quando bandidos do Comando Vermelho (CV) tentaram resgatar um comparsa.
Com ações coordenadas e efetivas, até o momento, 40 criminosos acusados de envolvimento direto ou indireto na ação foram presos e outros 13 acabaram neutralizados em operações que evidenciam a eficiência da resposta estatal frente à crescente ousadia do crime organizado.
Na última ação da polícia, uma força-tarefa foi até a comunidade da Rua 7, em Duque de Caxias, onde informações de inteligência davam conta de que criminosos se reuniam em um baile funk. Sete foram mortos ao reagirem à prisão com tiros de fuzil. Várias armas foram apreendidas.
Participaram da operação agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA), da Delegacia Antissequestro (DAS), da 60ª DP (Campos Elíseos), da 62ª DP (Imbariê), da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte). O 15º BPM (Duque de Caxias) deu apoio.
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Ousadia dos bandidos
O ataque à delegacia, realizado com armamento de guerra como fuzis e granadas, foi um marco preocupante na escalada da violência urbana.
Os criminosos, sem hesitação, utilizaram armas de guerra tanto para invadir a delegacia quanto para reagir às ações policiais, o que destacou sua periculosidade e desprezo pelas autoridades e pela vida de inocentes que poderiam acabar no meio do fogo cruzado.
Tal cenário evidencia a necessidade de o Estado agir com firmeza e determinação, não apenas para desarticular as facções criminosas, mas também para prevenir sua expansão e consolidar a segurança urbana.
Recado para a bandidagem
Essas operações não são apenas uma vitória contra os responsáveis pelo ataque, mas também um recado essencial: a ousadia das facções criminosas não ficará sem resposta.
Essa postura é fundamental para conter a propagação do crime organizado, que se alimenta da impunidade gerada por uma legislação desatualizada, pela política de desencarceramento do governo federal e pelo estímulo à “bandidolatria”, fenômenos que oferecem terreno fértil para ações cada vez mais ousadas dos grupos criminosos.
Com as prisões e neutralizações realizadas, a Polícia Civil reafirma seu compromisso em proteger a sociedade e garantir que ataques como o ocorrido na 60ª DP não sejam tolerados.
A força e determinação demonstradas nessas operações são essenciais para restaurar a confiança da população nas instituições e oferecer um futuro de maior segurança e paz.

O ataque à DP
O ataque à Delegacia de Campos Elíseos foi uma tentativa de resgate de dois presos: Rodolfo Manhães Viana, o Rato, apontado como chefe do tráfico da Vai Quem Quer, e do braço direito dele, Wesley de Souza do Espírito Santo.
Segundo a polícia informou na ocasião, no início da noite, sob o comando de Joab da Conceição Silva, pelo menos 10 “narcoterroristas” abriram fogo e entraram na delegacia na tentativa de resgatar os comparsas, que já haviam sido transferidos para a sede da Divisão de Capturas e Polícia Interestadual (DC-Polinter), na Cidade da Polícia.
Quatro policiais reagiram a tiros e conseguiram impedir a invasão, mas dois deles acabaram baleados. No fogo cruzado, a entrada da distrital ficou destruída.