A esquerda no Rio de Janeiro entrou em rota de colisão antes mesmo do início oficial da corrida eleitoral de 2026. O deputado federal Glauber Braga (Psol) revelou, em entrevista a um canal no YouTube, que pretende disputar o governo do estado, surpreendendo aliados que apostavam em sua reeleição à Câmara.
“Estou disposto a isso”, disse o parlamentar, ressaltando que ainda ouvirá consultar aliados antes de formalizar a candidatura.
A declaração acirra o clima dentro do PSOL, onde a multiplicação de pré-candidaturas já causa incômodo nos bastidores. Além de Glauber, nomes como as vereadoras Mônica Benício e Thais Ferreira, além de William Siri, também se colocam como pré-candidatos ao Palácio Guanabara — todos tentando se viabilizar sem uma costura clara entre as correntes do partido.
Nos bastidores, a expectativa de parte da militância era por uma frente unificada da esquerda, capaz de enfrentar a força do governador Cláudio Castro e de possíveis nomes da direita que entrarão na disputa.
O cenário escancara a falta de coordenação estratégica da esquerda fluminense, que, nos bastidores, admite dificuldades em definir um nome com musculatura eleitoral e amplitude de diálogo.
Entre o personalismo, o excesso de nomes e a ausência de um projeto claro para o estado, as dúvidas pairam no ar: vai dar tempo de juntar os cacos ou 2026 será mais um capítulo de divisão e derrota?
