Prometido como emergencial, o contrato da Prefeitura de Niterói com a empresa Diamond Empreendimentos Hoteleiros virou eterno. No último sábado (18), foi publicado o 10º aditivo contratual para manter a hospedagem de pessoas em situação de rua — agora por mais 180 dias e ao custo de R$ 2,1 milhões.
O contrato original é de 2020 e já soma cinco anos de prorrogações, sustentado com recursos do Fundo Municipal de Assistência Social. A gestão segue sob responsabilidade da Secretaria Municipal de Assistência Social e Economia Solidária, que justifica a medida como “acolhimento emergencial”.
O problema é que o “emergencial” virou rotina, sem transparência sobre metas, sem prestação clara de resultados e sem sinal de uma política de transição para soluções definitivas. Especialistas apontam o risco de dependência institucional e cobram o óbvio: moradias assistidas, reinserção social e fim do gasto perpétuo com hotel.
Enquanto isso, o “hotel que nunca acaba” virou símbolo da política social de Niterói: cara, provisória e sem plano de saída.

