Foi um golpe de mestre da oposição — e um recado direto ao prefeito Eduardo Paes (PSD). A votação do polêmico projeto de lei complementar PLC 13/2025, que regulamenta a Força de Segurança Municipal e arma guardas sem concurso, foi derrubada nesta quinta (22) após articulação de vereadores contrários ao texto. O projeto saiu de pauta graças a uma emenda de retirada assinada por 17 parlamentares, liderada por Paulo Messina (PL), sob protestos da base do governo.
Assinaram a emenda, os vereadores: Maíra do MST e Leonel de Esquerda (PT); Pedro Duarte (NOVO); William Siri, Mônica Benício, Rick Azevedo e Thais Ferreira (PSOL); Rogério Amorim, Rafael Satiê, Diego Faro, Carlos Bolsonaro, Paulo Messina, Fernando Armelau e Poubel (PL); Rodrigo Vizeu (MDB); Leniel Borel (PP); Jorge Canella (União).
Do lado de fora, guardas municipais contrários ao projeto lotaram a Cinelândia. Do lado de dentro, gritos de “prefeito sem vergonha” ecoaram das galerias. O recado era claro: a categoria não aceita o que chama de “terceirização armada” da Guarda Municipal.
“É uma milícia institucionalizada com jaleco e arma”, disparou Messina. Rogério Amorim (PL), presidente da Comissão de Segurança, foi além: “Seis anos depois, esses temporários vão para onde? Vão ser cooptados por milícias e tráfico?”
Com clima tenso e trocas de farpas em plenário, o líder do governo, Márcio Ribeiro (PSD), ainda tentou suspender a sessão, mas não conseguiu reverter a decisão: o projeto está, por ora, fora de votação. “Os votos foram pelo respeito ao servidor”, concluiu Messina, sob aplausos.
Foi uma vitória pontual — mas emblemática. A oposição mostrou força e, por enquanto, congelou o projeto mais controverso de Paes em 2025.