Membros da CPI da Transparência da Alerj realizaram, nesta terça-feira (10), uma visita surpresa para fiscalização das instalações do Rock in Rio, evento que acontecerá na cidade do dia 13 ao dia 22 de setembro.
Formado pelos deputados Alan Lopes (PL), Rodrigo Amorim (União) e Filippe Poubel (PL), o grupo chegou ao local do evento, na Barra da Tijuca, por volta das 16h30, acompanhado pelo secretário de Estado de Defesa do Consumidor, Gutemberg Fonseca, e pelo coronel Santos Ferreira, do Corpo de Bombeiros, e foi recebido por Ricardo Acto, diretor geral de Operações do festival.
O objetivo da fiscalização foi verificar se todas as autorizações relacionadas à segurança do evento foram cumpridas e entender, sob aspecto da transparência, que estrutura está sendo disponibilizada ao governo do estado do Rio e se houve distribuição de ingressos.
De acordo com a organização do Rock In Rio, toda a montagem está acontecendo no cronograma previsto e que até o início do festival todas as exigências do Corpo de Bombeiros serão cumpridas. No entanto, os deputados acreditam que o tempo seja curto para a fiscalização e a emissão de alvarás para cada uma das mais de 100 instalações do evento.
A iniciativa surgiu a partir de uma reunião da CPI realizada na manhã desta terça na Alerj para fiscalizar a transparência na gestão de verba pública destinada à realização de grandes eventos, como o Rock In Rio. Os deputados não gostaram da ausência de representantes do festival e do governo do estado na CPI, uma vez que haviam sido convidados a participar para prestar esclarecimentos.
O próximo passo será a convocação de sete secretários de Estado, mais representantes do governo do estado e do festival para que compareçam a uma nova reunião da CPI, marcada para esta quinta (12).
“Não somos contra a realização de eventos no Rio de Janeiro. Mas quando tem o aporte de dinheiro público na realização deles, a nossa função é fiscalizar”, disse o deputado Filippe Poubel.
“Foram 5.800 homens das forças estaduais disponibilizados para o evento. A gente quer saber qual a contrapartida, se esses agentes estão sendo remunerados e se irão desfalcar outra região da cidade. Queremos saber também outros pontos importantes, como quais políticas contra o uso de drogas estão sendo adotadas pela organização do festival”, disse Rodrigo Amorim.
Para Alan Lopes, é inadmissível que, há dois dias do evento, as exigências dos bombeiros não tenham sido todas atendidas. “Por enquanto, não tem nada aprovado. Amanhã haverá um evento-teste com uma fiscalização, então a gente vai acompanhar essa fiscalização. Sabemos que a montagem da estrutura é toda bem próxima ao evento, mas a gente não está tratando de um simples evento, mas de um que tem 160 estabelecimentos, um complexo enorme, tem que finalizar tudo com pelo menos uma semana”, destacou Alan Lopes.
