A direita volta a crescer na América Latina e a vitória de José Antonio Kast no Chile confirma essa guinada política na região. O líder do Partido Republicano conquistou a presidência com um discurso centrado na redução de impostos, combate à imigração irregular e tolerância zero contra o crime, em sintonia com a onda conservadora que já se manifesta em países como Argentina e El Salvador.
Kast defende a criação de uma força policial especializada nos moldes do ICE norte-americano, encarregada de rastrear e deportar imigrantes ilegais, além de militarizar zonas de fronteira. Inspirado pelo modelo de Nayib Bukele, visitou as megaprisões salvadorenhas e promete replicar estruturas semelhantes no Chile.
No campo econômico, o novo presidente propõe reduzir impostos e diminuir a regulamentação, medidas que, segundo analistas, podem atrair investidores. Em questões sociais, Kast reafirma sua postura conservadora: já declarou que pretende revogar os direitos limitados ao aborto e proibir a venda da pílula do dia seguinte, mantendo firme sua posição pró-vida.
Sua eleição representa uma ruptura com o ciclo progressista que vinha dominando o Chile e insere o país em um novo eixo político regional. Prometendo governar para todos os chilenos, Kast deixa claro que suas prioridades serão endurecer as políticas migratórias, reforçar a segurança pública e implementar reformas econômicas liberais. O impacto esperado é profundo: reposiciona o Chile como um dos países mais alinhados à direita na América Latina e e sinaliza uma nova fase de confrontos ideológicos no continente.
