Dando sequência à série de entrevistas com os vereadores campeões, que se destacaram de alguma forma nas eleições e que assumirão uma cadeira no Legislativo de suas cidades, o site COISAS DA POLÍTICA traz neste domingo (10) um bate-papo com Marquinho Bacellar (UNIÃO), reeleito para a Câmara de Campos dos Goytacazes. As entrevistas da série serão publicadas na EDIÇÃO ESPECIAL de novembro da REVISTA COISAS DA POLÍTICA.
- Nome completo: Marcos da Silva Bacellar
- Naturalidade: Campos dos Goytacazes
- Formação: Ensino Médio Completo
- Partido político: União Brasil
Prestígio, liderança e dedicação
A reeleição de Marquinho Bacellar (UNIÃO) para a Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes não foi nenhuma surpresa. O vereador tem prestígio fora e dentro da Casa, onde ocupa a presidência do Legislativo. Não à toa, teve a preferência de 5.345 eleitores, ficando entre os três mais votados da cidade.
O segredo para o sucesso político está na liderança e transparência com que comanda o Palácio Nilo Peçanha, tratando os colegas com respeito, como manda o figurino, independente de suas correntes ideológicas. “Toda polarização radical é ruim”, ensina o vereador reeleito, que é irmão do presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (UNIÃO), outro exemplo de gestor.
A habilidade para a liderança, aliás, parece hereditária. Marquinho e Rodrigo são filhos do ex-vereador Marcos Bacellar, que também presidiu a Câmara de Campos. Mas não está só no sangue, é preciso também dedicação. “Eu não tinha o sonho de ser político, foi algo que aconteceu. Mas sou também uma pessoa que aonde você me colocar, eu vou fazer o meu melhor”.
Sobre suas prioridades para o novo mandato, Marquinho Bacellar diz que não é fácil definir, já que há demandas em várias áreas. “Nosso gabinete recebe denúncias o tempo todo”, justifica o parlamentar, que deixa outro ensinamento. “Entendo que as pautas têm que atender a necessidade real da população. Não adianta criar leis que não transformem a vida do cidadão”. Confira a seguir:
COISAS DA POLÍTICA – O que o levou a entrar para a política? Poderia resumir a sua trajetória?
MARQUINHO BACELLAR – Meu pai, Marcos Bacellar, tem uma base sindicalista. Por 24 anos, ele foi presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Energia Elétrica do Norte e Noroeste Fluminense. Acompanhei de perto a atuação dele. Depois, ele foi eleito vereador na Câmara Municipal de Campos, onde também foi presidente. Toda essa trajetória, a gente esteve muito perto. Mas sempre fui uma pessoa dos bastidores. Também pude acompanhar o meu irmão, que atualmente é presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar. Eu não tinha o sonho de ser político, foi algo que aconteceu. Mas sou também uma pessoa que aonde você me colocar, eu vou fazer o meu melhor e foi isso que aconteceu. Em 2020, fui o candidato a vereador da nossa família. Entrei na Câmara como única oposição ao governo e depois fui conseguindo aliados. Tanto que fui eleito presidente da Câmara em 2022.
COISAS DA POLÍTICA – Quais as principais pautas que pretende trabalhar em seu novo mandato?
MARQUINHO BACELLAR – Tenho o costume de dizer que não trabalho para públicos específicos. Eu sou vereador de um município inteiro. Nosso gabinete recebe denúncias o tempo todo. Entendo que as pautas têm que atender a necessidade real da população. Não adianta criar leis que não transformem a vida do cidadão. Luto muito para que os direitos da população sejam respeitados. Os nossos projetos são muito baseados no que a povo precisa.
COISAS DA POLÍTICA – Deixando a política de lado, a que outras atividades costuma se dedicar? O que gosta de fazer, por exemplo, em suas horas vagas ou de lazer?
MARQUINHO BACELLAR – Sou um cara muito família. Gosto de estar rodeado da minha família, dos meus amigos, de tomar minha cerveja. E como um bom flamenguista, ver o jogo do meu Mengão! E sempre que posso gosto de juntar meus amigos para jogar futebol.
COISAS DA POLÍTICA – Diante da polarização que tomou conta do País, de que lado você se considera? Direita ou esquerda? E você avalia que a direita e a esquerda estão cumprindo bem os seus papéis?
MARQUINHO BACELLAR – Hoje eu me considero mais centro. Acho que toda polarização radical é ruim. Precisa ter o meio termo.