A popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta um momento delicado, refletido não apenas nas pesquisas de opinião, mas também no ambiente digital, como mostrou o jornalista Guilherme Amado em sua coluna na IstoÉ.
Um levantamento da agência de marketing Ativaweb revelou que, entre janeiro e maio de 2025, os perfis de Lula no Instagram e Facebook perderam cerca de 1 milhão de seguidores. Nas redes sociais, 71% das menções ao presidente foram negativas.
O dado reforça o cenário de desgaste político e digital do presidente, que vê sua base de apoio diminuir enquanto críticas se intensificam.
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O mês de abril foi particularmente negativo para Lula. Durante esse período, a Operação Sem Desconto, conduzida pela Polícia Federal, expôs fraudes nos pagamentos do INSS.
A repercussão do caso nas redes sociais foi avassaladora: 79% das menções ao presidente foram negativas, com um pico de 2,8 milhões de postagens críticas em
apenas 24 horas.
Além disso, abril registrou a maior perda de seguidores, com 240 mil perfis deixando de acompanhar Lula.
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A análise da Ativaweb também identificou os principais termos associados ao presidente nas redes sociais nos últimos meses: “despreparo”, “desconexão”, “populismo”, “roubo”, “INSS” e “cadê a picanha”.
Esses indicadores sugerem que a comunicação do governo enfrenta dificuldades para conter a crescente desaprovação de Lula.
Especialistas simpatizantes ao governo apontam que a estratégia digital de Lula tem falhado ao focar apenas em sua base de apoio, sem buscar diálogo com segmentos sociais mais distantes de seu campo político. Já os não simpatizantes argumentam é impossível defender o indefensável.
“Quem perde a guerra digital, perde o poder de convencer. E Lula, até aqui, perdeu o controle da sua imagem no ambiente mais decisivo da opinião pública atual: as redes”, afirmou Alek Maracajá, diretor da Ativaweb.
Com a aproximação da campanha presidencial de 2026, alguns especialistas dizem que o governo precisará reavaliar sua comunicação e estratégias para recuperar terreno.
Caso contrário, a tendência de queda pode se consolidar, dificultando ainda mais a governabilidade e a busca pela reeleição.
Outros, afirmam que não basta mudar a estratégia de governo. O que tem que mudar é a forma de governar ou até mesmo o governante.
