Retirar os setores que envolvem educação, pesquisa, ciência e tecnologia das restrições orçamentárias impostas pelo Regime de Responsabilidade Fiscal (RRF) é uma meta do secretário de Ciência, Tecnologia e inovação Mauro Azevedo. Ele disse que levará o caso até o governador Cláudio Castro, para que seja negociado com o governo federal. O compromisso é uma resposta ao apelo de reitores, professores e pesquisadores durante a 5ª Conferência Estadual de Ciência, tecnologia e Inovação do Rio, que aconteceu nesta terça (2) e quarta-feira (3) na Uerj.
“Escutando os reitores e os professores, pretendo levar junto ao Governador a referida demanda, para que haja uma sensibilização do Governo Federal com o Regime de Recuperação Fiscal na temática da Ciência, Tecnologia e Inovação. É fato notório que tanto o Governo do Estado do Rio de Janeiro, quanto outros Governos Estaduais estão fazendo um grande esforço para tratar as dívidas públicas com a União”, disse o secretário ao site COISAS DA POLÍTICA.
O próprio secretário reconhece as dificuldades e durante o evento ressaltou a importância das parcerias com a iniciativa privada, ainda mais em momentos como esse. Mauro Azevedo também destacou o apoio do governador, que segundo ele não tem poupado esforços para impulsionar o crescimento e a competitividade no setor de CT&I no estado e no país, independentemente de ideologias.
“O tripé academia, poder público e iniciativa privada vem acontecendo porque durante toda a gestão do governador a nossa pasta sempre recebeu recursos. Todas as aplicações aconteceram sem nenhuma interferência ideológica, o que pode ser comprovado nos editais da Faperj que contemplam as mais diversas áreas. Respeitamos e pensamos na autonomia de cada instituição. Planejamos e empenhamos os recursos de forma macro na Ciência, Tecnologia e Inovação. A SECTI vem buscando criar um ambiente propício para o intercâmbio de ideias e experiências”, disse o secretário.
Em relação ao evento, o secretário disse que vai aguardar o relatório consolidado da V CECTI, para que, juntamente com os atores de CT&I do estado, possa elencar as ações prioritárias e medidas concretas.
“Já de antemão adianto que o relatório desta etapa estadual será encaminhado para a etapa regional, no Espírito Santo, e posteriormente seguirá para a 5ª Conferência Nacional, a ser realizada em junho. Espero que esse documento possa demonstrar a importância da área de CT&I para sensibilização do Governo Federal na discussão quanto ao RRF”, concluiu.