Pablo Marçal defende Bolsonaro e acusa PF de ‘divulgar fake news’

Jefferson Lemos

O pré-candidato à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) mostrou durante entrevista concedida nesta semana à Folha de São Paulo/UOL que está muito bem preparado para a corrida eleitoral. Confiante em seu taco, afirmou que vencerá a disputa no primeiro turno. 

Sabatinado pelas jornalistas Fabíola Cidral, Raquel Landim e Carolina Linhares, mostrou destreza e atropelou as cascas  de banana lançadas pelas entrevistadoras que passaram um bom tempo tentando sem sucesso desqualificá-lo. Ainda conseguiu expor seus projetos nas áreas de mobilidade urbana, desenvolvimento econômico e ação social. 

Pablo Marçal disse que entrou para a política e quer ser prefeito de São Paulo porque pretende contribuir para transformar o Brasil em um país de primeiro mundo, a começar pela capital financeira.

O empresário e digital influencer ainda saiu em defesa de Jair Bolsonaro no caso das joias sauditas e acusou a Polícia Federal de “divulgar fake news” ao superfaturar o valor dos presentes recebidos pelo então presidente, fato que foi amplamente explorado pela mídia na ocasião,  “para criar uma impressão errada”. 

Marçal chegou a questionar a independência da PF. “Quem é a Polícia Federal nisso? A Polícia Federal é o Ministro da Justiça”, provocou.

“Se o Bolsonaro tem acesso aos presentes, o presente é dele. O que eu sei é que ele devolveu os presentes. Ele é um cara simples. Ele usa um relógio normal. Vocês querem massacrar a imagem dele com qualquer coisa”, disparou Marçal, lembrando o caso dos presentes doados a Lula durante seus dois primeiros mandatos e que não foram devolvidos. Categórico, afirmou que votará em Bolsonaro caso ele se torne elegível em 2026.

Mais do que isso, Marçal “profetizou” que Ricardo Nunes colocará uma mulher como vice na vaga indicada por Bolsonaro e que o ex-presidente deixará a campanha pela reeleição do prefeito, dando a entender que naturalmente passaria a receber o apoio do ex-capitão. 

Entre suas propostas, citou o “cinturão de teleféricos” que pretende construir interligando favelas, com recursos da iniciativa privada. Nelas pretende desenvolver pólos gastronômicos e hoteleiros para receber turistas, incentivando o empreendedorismo nas comunidades.

“Vamos transformar as comunidades em polos turísticos e gastronômicos. Aí vamos colocar um teleférico rasgando o céu de São Paulo”, vislumbrou.

Na área social, Pablo Marçal responsabilizou as famílias pelas pessoas que cometem suicídios ou que acabam vivendo nas ruas. Indagado, então, sobre o que faria com as cracolândias, disse que abraçaria essas pessoas como família para recuperá-las do vício.

“Dos R$ 111 bilhões de reais [de orçamento] , R$ 1 bilhão é dedicado a algumas ONGs que fazem de tudo pras pessoas não saírem. Por acaso as senhoras e senhoritas sabem que existe uma ONG chamada Acracoresiste pra fazer com que a Cracolândia continue existindo e tem destinação de dinheiro público pra essas pessoas? Ah, eu acho que isso não faz sentido. As pessoas não sabem o que é 1 bilhão de reais”.

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Jefferson Lemos é jornalista e, antes de atuar no site Coisas da Política, trabalhou em veículos como O Fluminense, O Globo e O São Gonçalo. Contato: jeffersonlemos@coisasdapolitica.com.br
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