Campanha ‘Não Seremos Interrompidas’ é relançada para combater a violência política de gênero e de raça

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O Instituto Marielle Franco (IMF) relançou a campanha “Não Seremos Interrompidas” nesta segunda-feira (15), com o objetivo de enfrentamento à violência política de gênero e raça. Assim como em 2020 e 2022, a campanha objetiva que partidos políticos e as instâncias de Justiça Eleitoral implementem resoluções de combate à violência política de gênero e raça dentro da política brasileira, promovendo o debate seguro para as mulheres pré-candidatas às eleições municipais deste ano, principalmente as negras.

A campanha, que lançou um site e um vídeo nas redes sociais, é baseada na fala de Marielle Franco, de 8 de março de 2018, Dia Internacional da Mulher, uma semana antes de ser assassinada no Centro do Rio, quando bradou a frase que se tornou conhecida no Brasil e no mundo: “Não serei interrompida! Não aturo interrupção dos vereadores desta Casa, não aturarei de um cidadão que vem aqui e não sabe ouvir a posição de uma mulher eleita (…)”.

“Mesmo com avanços históricos na política representativa de mulheres negras com sua entrada nos espaços de poder e tomada de decisão desde 2018, ainda é preciso consolidar uma agenda de compromissos concretos com a vida daquelas que constroem e movimentam o Brasil e de manutenção das nossas bases democrática”, pontua Lígia Batista, diretora-executiva do Instituto Marielle Franco. 

Historicamente, as mulheres negras são sub-representadas na política institucional, contabilizando apenas 6,3% nas câmaras legislativas e 5% nas prefeituras, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral, com base nas eleições de 2020, e 8% no Congresso Nacional. 

“A violência política de gênero e raça segue sendo um grande desafio que precisamos prevenir, combater e superar, pois não apenas as impedem de adentrar estes espaços, mas também de permanecerem neles”, completa Lígia. 

Um levantamento do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC) revela que existe uma crescente onda de denúncias de violência política de gênero e raça no Brasil, com mais de 250 casos registrados até o último semestre. 

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