O deputado Filippe Poubel (PL) usou a tribuna do plenário da Alerj, nesta quarta (21), para fazer mais uma denúncia contra a chamada “Máfia dos Reboques”. Segundo ele, motoristas de carro de passeio estão sendo abordados pelo Detro, o que foge à atribuição do órgão, que é responsável apenas pela fiscalização do transporte coletivo e de carga. O deputado recebeu um vídeo que mostra a irregularidade durante uma blitz em Paracambi. As imagens foram postadas em suas redes sociais.
O deputado destacou o fato de na ação do Detro, agentes utilizarem ilegalmente coletes com a inscrição “Polícia do Detro”. “É imoral, ilegal e inconstitucional”, disparou Poubel, informando que irá intimar os funcionários que se intitulam policiais para exigir explicações sobre a abordagem aos motoristas de carros de passeio.
Poubel também pediu aos colegas celeridade na votação de sua Indicação Legislativa que pede a extinção do Detro. Durante as ações de fiscalização da chamada Tropa de Choque da Alerj, foram encontradas várias irregularidades no órgão que vão desde a realização das blitzes até contratos com fornecedores e prestadores de serviço.
Para o deputado, o órgão agora comete mais uma irregularidade, usurpando o poder de polícia. Ele explicou que o Detro não tem convênio com nenhuma força de sergurança e que se houver policiais nas operações eles servem apenas para preservar a integridade dos funcionários do órgão, não podendo exercer poder de polícia a fim de parar os carros e pedir habilitação e documentos dos veículos.
“Imagina criar polícia da Casa Civil, da Educação. É uma aberração”, argumentou.
Ainda na tribuna, o deputado criticou o governador Cláudio Castro por não tirar do papel o Estatuto da Blitz aprovado pelo Legislativo, que define regras para as operações e que poderia evitar as barbaridades que ainda vêm sendo cometidas pelo Detro.
O deputado Thiago Rangel (PMB), também usou a tribuna para criticar o Detro. Ele destacou a atuação da CPI dos Serviços Delegados da Alerj que apura entre outras irregularidades no Detro, a suspeita de superfaturamento nos contratos do órgão para o aluguel de veículos.
Rangel também disse acreditar que o governador não saiba o que está acontecendo dentro do órgão, mas lembrou que na legislatura passada Poubel e outros deputados aprovaram o imeachment do governador Wilson Witzel.
“Esse parlamento aqui tem que ser respeitado. Eu estou junto com você. Pode contar comigo”, finalizou.