A Tropa de Choque da Alerj, formada pelos deputados Alan Lopes, Rodrigo Amorim e Filippe Poubel voltou à ação com mais uma fiscalização da CPI da Transparência. Desta vez o alvo foi o casarão que abrigaria o centro cultural da Cedae, no Centro do Rio, mas que segue inativo. Segundo os deputados, o quadro no local é de abandono, apesar dos mais de R$ 10 milhões investidos e captados para reforma, através da Cedae e da Lei Rouanet. Os responsáveis pelo Instituto de Sustentabilidade e Novos Talentos do Esporte e da Cultura (Intec), que promove a restauração do espaço, serão convocados coercitivamente para prestar depoimento ao colegiado.
“É dinheiro do contribuinte indo pelo ralo. Um espaço maravilhoso desse abandonado, em escombros”, lamentou Rodrigo Amorim, lembrando que mais R$ 10 milhões seriam investidos nas obras através do Fecam, mas o aporte não foi feito graças à ação da comissão.
Na vistoria, os deputados encontraram infiltrações, janelas sem vidro, paredes descascadas e com reboco caindo, grades enferrujadas e fiação de rede elétrica exposta e pendurada. Em um dos banheiros, sujeira e até larvas nas pias.
“É a certeza de impunidade”, avaliou Alan Lopes. A Cedae aplicou R$ 3,8 milhões e via Rouanet o instituto captou mais R$ 7 milhões. É um tapa na cara do cidadão que trabalha e paga imposto”, acrescentou Poubel.
O prédio histórico fica na Rua Riachuelo, em pleno corredor cultural da Lapa e pertence à Cedae. Passou por reforma em 2014 para se tornar centro cultural, com mostras e exibições de filmes sobre os recursos hídricos e o consumo consciente da água. Previsto para ser inaugurado em 2015, como parte dos 450 anos da cidade, já apresenta sinais de deterioração. Em 2021, a Cedae chegou a divulgar nota informando que o espaço seguia em reforma, com nova previsão de reabertura para junho de 2022, o que não aconteceu.
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