Cláudio Castro comemora novo recorde na apreensão de armas

Jefferson Lemos
Apenas no primeiro trimestre deste ano, 1.490 armas de fogo foram apreendidas, incluindo 230 fuzis. Se ritmo continuar, estado supera até outubro o número de fuzis apreendidos em todo o ano passado (Arquivo/Palácio Guanabara)

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, celebrou os resultados expressivos das forças de segurança do estado no combate ao tráfico de armas. Apenas no primeiro trimestre deste ano, 1.490 armas de fogo foram apreendidas, incluindo 230 fuzis.

Desde 2021, 2.364 fuzis foram retirados das mãos de criminosos, sendo 732 apenas no ano passado, o que equivale a uma média de duas armas de guerra apreendidas por dia.

Ao persistir o ritmo de apreensões neste ano, o recorde do ano passado será facilmente batido antes do fim do ano.

Segundo Castro, esses números refletem o impacto positivo das medidas implementadas pelo governo estadual, como o programa Guardião de Divisas, que utiliza portais eletrônicos equipados com câmeras inteligentes e scanners para monitorar veículos nas divisas do estado.

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O governador ressaltou que o Rio de Janeiro não fabrica armamentos e que a maioria dos fuzis apreendidos tem origem no exterior, chegando ao Brasil por meio das fronteiras com Paraguai, Colômbia e Chile.

O programa Guardião de Divisas tem sido um dos pilares da estratégia estadual de segurança, permitindo que as forças policiais identifiquem e interceptem carregamentos ilegais antes que cheguem às áreas urbanas.

Para intensificar o combate ao tráfico de armas, Castro propôs uma cooperação com o Escritório das Nações Unidas para Assuntos de Desarmamento (Unoda), buscando apoio internacional para impedir que peças e munições sejam comercializadas sem controle.

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Governo Lula não faz sua parte

Castro reafirmou o compromisso do governo estadual em continuar investindo em tecnologia e inteligência para fortalecer o combate ao tráfico de armas, mas tem alertado que sem uma atuação eficaz do governo federal no controle das fronteiras, o problema persistirá.

“O Estado do Rio está fazendo sua parte, mas não podemos continuar enxugando gelo. É preciso que o governo federal assuma sua responsabilidade e impeça que essas armas cheguem ao Brasil”, declarou o governador em recente vídeo postado na internet.

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Apesar dos avanços estaduais, Castro tem criticado a falta de ação do governo federal no controle das fronteiras, por onde entram os fuzis que abastecem o crime organizado no Rio de Janeiro.

Em declarações recentes, o governador cobrou medidas mais rígidas para impedir que armas pesadas cheguem ao país e reforçou a necessidade de sanções contra países que negligenciam o rastreamento desses armamentos.

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Jefferson Lemos é jornalista e, antes de atuar no site Coisas da Política, trabalhou em veículos como O Fluminense, O Globo e O São Gonçalo. Contato: jeffersonlemos@coisasdapolitica.com.br
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