Presídio tem apenas quatro policiais penais para cuidar de mais de 1,2 mil presos, alerta deputada

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A deputada estadual Índia Armelau (PL) informou que vai encaminhar ao Ministério Público do Estado (MPRJ) um requerimento denunciando a situação precária nos presídios do Estado, que pode estar colocando em risco a segurança. Durante visita ao Complexo de Gericinó, nesta quinta-feira (14), a parlamentar disse ter constatado várias irregularidades.

No Instituto Penal Vicente Piragibe, por exemplo, apenas quatro policiais penais fazem a segurança de 1.217 presos, segundo ela. Além disso, há guaritas interditadas em pontos altos do presídio, de onde também deveria estar sendo feita a vigilância dos detentos. 

Segundo a categoria dos policiais penais, que recentemente lançou um movimento por melhores condições de trabalho e salários, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) possui, atualmente, um contingente de aproximadamente cinco mil agentes, quando o ideal seria ter sete mil, um déficit de 2 mil servidores.

Índia Armelau conta que ao chegar no presídio para fiscalizar, quase foi barrada na porta, com sua equipe.

“Confesso que fiquei surpresa ao ter tido obstáculos”, contou a deputada, informando que os servidores foram orientados pela Seap a não passar as informações solicitadas pela parlamentar.

“A realidade é que eles querem esconder algo, tão desesperadamente, que parece que tem alguma coisa errada”, disparou a deputada.

Sobre o efetivo de quatro servidores para mais de 1,2 mil detentos, Índia Armelau informou que um fica na inspetoria, dois em guaritas e apenas um faz um trabalho no chamado “miolo”, junto aos presos. 

“Um policial penal? Não há saúde mental, meus caros, que aguente isso, mas essa é a realidade da maioria das unidades dentro do Complexo de Bangu”, destaca a deputada.

“Então eu queria saber o seguinte do meu governador. O que acontece com a polícia penal? Por que esse desleixo? Por que esse descaso. Eu prefiro acreditar que não sabe das reais informações sobre o que passa o servidor, do que o senhor está passando a mão sobre isso?”, concluiu Índia Armelau.

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