A comunidade de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, foi abalada por um ato de crueldade que deixou a todos estarrecidos.
Farol, uma cadelinha idosa e cega de 12 anos, foi brutalmente espancada até a morte após ser arrastada por uma corda em plena rua.
O caso ocorrido no último sábado (26) e registrado na 43ª DP, gerou indignação e revolta entre os moradores, que clamam por justiça e por leis mais rígidas contra maus-tratos aos animais.
Câmeras de segurança capturaram imagens perturbadoras de Farol sendo arrastada e pendurada por um homem, que posteriormente a levou para casa, onde a violência culminou em sua morte.
Adolescentes que testemunharam a cena relataram ameaças feitas pelo agressor, que estaria armado, aumentando ainda mais o clima de medo e indignação na região.
Farol havia fugido de casa e foi vista pela última vez no Sítio da Liberdade, uma casa de festas na Rua Caminho do Areal.
Por volta das 22h, um homem que estaria em um evento no local, amarrou uma corda no pescoço dela e começou a arrastá-la.
As imagens mostram momentos de extrema crueldade, com o animal sendo pendurado e arrastado.
Vizinhos relataram que, ao chegar em casa, o homem espancou Farol até a morte.
A Polícia Civil está investigando o caso e busca identificar o autor do crime.
A comunidade de Guaratiba e defensores dos direitos dos animais em todo o país exigem ações concretas para garantir que casos como o de Farol não se repitam.
Projetos que aumentam penas tramitam há anos
Um exemplo de projeto de lei em tramitação que busca aumentar as penas para crimes de maus-tratos contra animais é o PL 2.875/2022. Esse projeto propõe alterações na Lei 9.605/1998, aumentando a pena para crimes de maus-tratos e morte de animais silvestres e domésticos.
Atualmente, a pena varia de três meses a um ano de detenção, mas o projeto sugere que ela seja ampliada para um a quatro anos de reclusão.
Outro projeto relevante é o PL 11210/2018, que também propõe mudanças na Lei de Crimes Ambientais. Ele prevê penas mais severas, como detenção de um a quatro anos e multa, além de sanções específicas para estabelecimentos comerciais envolvidos em maus-tratos.
A história de Farol é um chamado à reflexão sobre a relação entre humanos e animais, e sobre a necessidade urgente de fortalecer as leis que protegem os seres mais indefesos da sociedade.
Que sua memória inspire mudanças e justiça.