O expediente final da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), nesta quarta-feira (29), foi marcado por manifestações firmes de deputados da base do governo em defesa da megaoperação realizada pelas polícias Civil e Militar na terça-feira (28).
Presidente da Comissão de Constituição e Justiça e líder do governo na Casa, o deputado Rodrigo Amorim (União) iniciou seu discurso ironizando a presença de parlamentares da esquerda no plenário. “Confesso que me causa certa perplexidade perceber que os deputados da esquerda, que quase nunca estão aqui nas discussões relevantes, estejam hoje presentes. Acredito que seja apenas para produzir conteúdo para as redes sociais”.
Amorim não deixou de trazer o debate ideológico, mas destacou que é necessário olhar também para o cidadão de bem que vive nas comunidades. “Diferente do romantismo que alguns setores da esquerda tentam vender, inclusive com o apoio da grande mídia, a favela não é um ambiente agradável. É hostil, sem serviços básicos, marginalizada, porque foi dominada pelo crime organizado”.
O deputado Filippe Poubel (PL) criticou o posicionamento da oposição: “é a bancada da hispocrisia”, considerou. “É só morrer vagabundo, traficante, narcoterrorista, que eles vêm pra cá gritar. Para isso, têm motivos: ou são amiguinhos, ou estão perdendo eleitores.”
Poubel classificou a operação como “quase perfeita”:
“A ação só não foi perfeita porque perdemos quatro policiais e porque não morreram mais bandidos.”
O deputado Alan Lopes (PL) também rechaçou o uso do termo “chacina”: “Chacina? Chacina contra bandidos? É uma pouca vergonha que deputados tenham coragem de usar essas palavras para se referir à operação de ontem. Chacina e massacre é o que esses vagabundos fazem no dia a dia com o cidadão de bem trabalhador.”
Os parlamentares parabenizaram o governo do estado e as polícias Civil e Militar, destacando que a operação reafirma o compromisso do poder público com a segurança da população fluminense.
