O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) está articulando no Congresso a aceleração da tramitação de projetos de lei relacionados à segurança pública, em função da tragédia que ocorreu no último dia 24, na Av. Brasil, quando bandidos atiraram contra civis para forçar o recuo da PM, deixando três mortos.
Para isto, ele está organizando para os próximos dias, um encontro entre o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSB-MG) e o presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), com a Comissão de Segurança Pública e Assuntos da Polícia da Alerj e o secretário de Segurança Pública do Estado do Rio, Victor Santos.
A ideia de Flávio Bolsonaro é que as autoridades fluminenses possam formalizar pedido para que projetos de lei que possam melhorar tanto o Código Penal, como o Código de Processo Penal, tramitem de uma forma mais célere.
“Não podemos normalizar o que acontece no Rio de Janeiro. Vamos trazer para o Senado a Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e o secretário de Segurança Pública do Estado para tentarmos chegar a algumas soluções, principalmente para fazer frente à intervenção judicial que, por meio da ADPF-635, está limitando o trabalho das forças policiais no Estado”, disse, acrescentando que o objetivo da reunião é “dar voz a quem na ponta da linha, na prática, sofre com as dificuldades e a insegurança jurídica, em especial os policiais no combate ao crime organizado”.
Flávio Bolsonaro ressaltou que os atos que aconteceram no Rio de Janeiro tiveram repercussão nacional, mostrando que a violência alcançou patamares inaceitáveis.
“Em especial pela peculiaridade de estarmos sob uma espécie de intervenção judicial do STF na área da segurança pública”, declarou, referindo-se à ADPF-635, que segundo ele “inviabilizou o trabalho das polícias”.