Sem regulamentação, acidentes com veículos de micromobilidade aumentam 700% no Rio

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Dois anos após resolução nacional, prefeitura ainda não estabeleceu critérios para circulação de patinetes e bicicletas elétricos, autopropelidos e ciclomotores (Thomaz Silva/EBC)

A resolução 996 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), publicada em julho de 2023, trouxe uma série de critérios para circulação e características de veículos como patinetes elétricos, bicicletas elétricas, autopropelidos e ciclomotores.

No entanto, dois anos após sua implementação, a Prefeitura do Rio de Janeiro ainda não regulamentou essas diretrizes, deixando um vazio legal que impacta diretamente a segurança e a organização do trânsito na cidade.

A legislação nacional definiu limites de velocidade, locais de circulação e especificações técnicas para cada tipo de veículo, delegando às prefeituras a responsabilidade pela fiscalização e aplicação de penalidades.

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Câmara já fez a parte dela

Apesar de a Câmara de Vereadores do Rio ter aprovado um projeto inicial para estabelecer regras municipais, a regulamentação completa ainda não foi implementada.

Esse atraso tem gerado consequências preocupantes. O número de acidentes envolvendo veículos de micromobilidade disparou, passando de 274 casos em 2023 para 2.199 em 2024, um aumento de 702%.

Insegurança e dúvidas

A ausência de fiscalização e regras claras contribui para a insegurança de pedestres e ciclistas, além de transformar as ciclovias cariocas em espaços caóticos.

Enquanto isso, os usuários desses veículos enfrentam dúvidas sobre onde podem circular, quais limites de velocidade devem respeitar e se precisam de emplacamento ou habilitação.

A falta de regulamentação também dificulta a aplicação de multas e outras medidas de controle, deixando a cidade em um limbo jurídico.

Mais desordem

A regulamentação municipal é essencial para garantir que a micromobilidade seja uma solução sustentável e segura para os deslocamentos urbanos.

Sem ela, o Rio de Janeiro corre o risco de perder os benefícios desses veículos leves e eficientes, enquanto enfrenta os desafios de um trânsito cada vez mais desordenado, como, aliás, o resto da cidade.

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