O sucesso da operação da Polícia Civil na Ladeira dos Tabajaras, que terminou com cinco bandidos mortos em Copacabana, nesta terça-feira (15) mostra ao fracasso da política de segurança do governo Lula, com incentivo ao desencarceramento, a fragilidade de uma legislação ultrapassada e o absurdo que se tornou o culto à bandidolatria, que romantiza a prática de delitos e enaltece criminosos através de músicas e filmes.
Os bandidos mortos na ação da polícia eram altamente perigosos e reincidentes, com longos históricos criminais e atuação violenta que prosperou por anos, amparada pela sensação de impunidade.
Dentre os mortos, Vinícius Kleber di Carlontonio Martins, o “Cheio de Ódio”, acumulava 30 passagens pela polícia, enquanto William do Amaral Gomes também possuía registros significativos de crimes graves, incluindo tráfico e homicídios.
William, conhecido como Marmitão, já havia sido denunciado nos anos 2000 por ‘Dona Vitória’, idosa que inspirou filme com Fernanda Montenegro
Esses criminosos simbolizam a atuação desafiadora do crime organizado, que impõe medo e insegurança à sociedade.
A operação foi motivada pelo assassinato do policial civil João Pedro Marquini, marido da juíza criminal Tula Corrêa de Mello, em um crime brutal que chocou o Estado e mobilizou uma resposta enérgica das forças de segurança.
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Operação teve planejamento exemplar
Comandada por equipes da Delegacia de Homicídios (DH) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), a ação foi cuidadosamente planejada para minimizar os riscos à população local e preservar a segurança de moradores e trabalhadores da região.
A polícia adotou estratégias como isolamento de áreas de conflito, orientação a instituições como escolas e creches, além do monitoramento aéreo com o uso de helicóptero.
Algumas ruas próximas, como Pinheiro Guimarães e Real Grandeza, foram temporariamente fechadas para garantir que os moradores estivessem protegidos durante o confronto.
Mais fuzis apreendidos
Além das mortes dos cinco bandidos, a operação resultou na apreensão de três fuzis e duas pistolas, evidenciando a estrutura bélica utilizada pelo grupo criminoso, que se aproveita da ineficácia do governo Federal em controlar a entrada de armas pelas fronteiras do país.
Segundo o delegado Felipe Curi, secretario de olícia Civil, o sucesso da operação foi uma resposta firme ao assassinato de Marquini e um passo importante na luta contra a criminalidade organizada no Rio.
Felipe Curi criticou as restrições anteriores às operações policiais, determinadas por decisões judiciais. O delegado, disse isso deu ao crime organizado uma vantagem de “meia década”.
“Antes, nós mantínhamos uma ostensividade nas comunidades. Isso foi proibido. Agora, a gente está fazendo um plano de retomada dessas localidades”, avisou.
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Perigosos e reincidentes
O desfecho da ação reforça o compromisso da Polícia Civil em enfrentar criminosos reincidentes, perigosos e com históricos que aterrorizam comunidades, ao mesmo tempo em que honra a memória do policial vítima da violência.
A atuação das forças de segurança durante a operação também demonstra o esforço em proteger vidas inocentes e preservar a paz nas áreas afetadas.
A sociedade, por sua vez, espera que a sensação de justiça inspire ações futuras para desmantelar organizações que desafiam a ordem e a tranquilidade no país.