Em um aparente recado velado ao governo Lula, o governador Cláudio Castro (PL) disse nesta terça-feira (1º) que 90% dos fuzis apreendidos no estado vieram dos Estados Unidos e alertou para a necessidade de controle do tráfico de armas pelas fronteiras.
“O grande benefício pra eles [bandidos], óbvio, a grande forma que eles têm de fazer é, infelizmente, através do tráfico internacional de armas. O Rio de Janeiro, no ano de 2024, apreendeu 732 fuzis. O governo do Ceará, que tem os piores números do Brasil, apreendeu somente 78. As polícias do Rio de Janeiro apreenderam 15 mil armas no ano passado”, declarou o governador, sem citar nomes, durante a 15ª edição da LAAD Defence & Security, a principal feira de defesa e segurança da América Latina.
Rio: Cláudio Castro mostra apreensão recorde de fuzis e cobra que Lula faça sua parte
Governo do Estado faz a sua parte
Cláudio Castro tem apresentado números que mostram que seu governo tem atuado incansavelmente no combate à criminalidade. Nesta semana, ele anunciou em suas redes sociais que nos dois primeiros dois meses de 2025, as forças de segurança do Estado prenderam em flagrante mais de 7 mil bandidos, o maior número dos últimos 19 anos.
Foram recuperados mais de 3.700 veículos roubados, apreendidos 154 fuzis e tiradas de circulação mais de 4 mil cargas de drogas”, informou o governador.
“Estamos enfrentando o crime com força máxima, mas não dá para a polícia prender de um lado e a Justiça soltar do outro. Precisamos de leis mais rígidas para garantir que quem comete crimes fique atrás das grades. Segurança pública se faz com trabalho, investimento e firmeza!”, destacou.
Recorde histórico de apreensões
No ano passado, as polícias do Rio de Janeiro apreenderam 732 fuzis entre janeiro e dezembro de 2024, um recorde histórico desde 2007, quando foi iniciada a série histórica do Instituto de Segurança Pública do Rio ISP).
Durante o evento de segurança, o Castro também ressaltou a importância de a indústria compreender sua responsabilidade, expondo a necessidade de controlar e monitorar a destinação desses armamentos para evitar que “caiam nas mãos erradas”.
“É muito fundamental que a indústria entenda o seu papel na sociedade. Papel do controle, do monitoramento, de saber de quem está comprando e se preocupar pra onde esses armamentos estão indo. Esses armamentos nas mãos erradas provocam a insegurança que atinge inclusive as nossas próprias famílias”, disse Castro.
LAAD Defence & Security
O evento, de 1 a 4 de abril, no Riocentro, Zona Oeste do Rio de Janeiro, reúne a cada dois anos empresas brasileiras e internacionais da cadeia produtiva de defesa e segurança, fornecedoras de equipamentos, serviços e tecnologias para as Forças Armadas, Forças Policiais e Especiais, assim como executivos da segurança corporativa do Brasil e outros países.