Felipe Nunes, diretor da Quaest, destacou em entrevista ao jornal O Globo que a segurança pública será um dos principais temas da eleição presidencial de 2026.
Ele enfatizou que os candidatos enfrentarão uma pressão crescente para apresentar uma agenda mais rígida e eficaz, refletindo as preocupações da população com a escalada da violência e a sensação de insegurança em diversas regiões do país.
Segundo o especialista, a percepção da população sobre a segurança pública é um fator crucial.
Muitos brasileiros acreditam que o problema não reside na atuação dos governadores, mas na própria legislação, que é vista como ineficaz e permissiva.
O chamado “prende e solta” é frequentemente citado nas pesquisas como um exemplo de como as leis falham em garantir a punição adequada para crimes, alimentando a sensação de impunidade.
Desaprovação a Lula chega a 64% no Rio em meio a promessas não cumpridas
Para 62%, Lula não deveria concorrer à reeleição em 2026, mostra pesquisa Quaest
Maioria diz que governo Lula é pior que o de Bolsonaro, mostra nova pesquisa Quaest
A análise do diretor da Quaest é mais uma justificativa a queda de popularidade de Lula, diante de sua política de segurança pública que promove o desencarceramento e vitimiza criminosos.
Nunes apontou que o presidente Lula enfrenta ainda outros desafios significativos em sua popularidade.
A falta de confiança da população, alimentada por promessas não cumpridas, tem impactado negativamente sua aprovação.
Com a inflação em alta e o custo de vida cada vez mais elevado, muitos cidadãos relatam dificuldades até mesmo para comprar itens básicos.
A promessa de campanha de Lula de trazer “picanha e cerveja” para a mesa do brasileiro se tornou um símbolo de frustração para uma população que hoje “mal consegue comer ovo”.
Essa disparidade entre as promessas e a realidade tem gerado descontentamento e ceticismo em relação ao governo, especialmente entre as classes mais vulneráveis.
Ainda segundo o especialista, entre os evangélicos, um grupo eleitoral crucial para o pleito de 2026, Lula não consegue obter vantagem.
Para Felipe Nunes, as eleições serão definidas por apenas 10% do eleitorado, os chamados ‘swing voters’, diante da polarização entre os nomes de Jair Bolsonaro e Lula, ou os candidatos que eles indicarem.
Como se não bastasse, o cenário reflete uma dificuldade do PT em reconquistar apoio entre os chamados “swing voters”, especialmente em estados como São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Para agravar a situação de lula, pesquisas da Quaest mostram que 70% dos eleitores não têm mais medo de perder qualquer benefício social, independente do governo que estiver em curso.
Segundo Felipe Nunes, Jair Bolsonaro contribuiu com isso ao manter e aumentar o valor do Bolsa Família.
Para o especialista, o desafio maior neste momento para Lula é convencer as pessoas de que o Brasil está no caminho certo, mas hoje a pesquisa mostra que 56% acham que Lula está na direção errada.