Diretor da Quaest diz que segurança pública poderá definir eleições de 2026

Jefferson Lemos
Segundo especialista, brasileiros acreditam que escalada da violência em várias regiões do país não reside na atuação dos governadores, mas na própria legislação, que é vista como ineficaz e permissiva (Tânia Rêgo/EBC)

Felipe Nunes, diretor da Quaest, destacou em entrevista ao jornal O Globo que a segurança pública será um dos principais temas da eleição presidencial de 2026.

Ele enfatizou que os candidatos enfrentarão uma pressão crescente para apresentar uma agenda mais rígida e eficaz, refletindo as preocupações da população com a escalada da violência e a sensação de insegurança em diversas regiões do país.

Segundo o especialista, a percepção da população sobre a segurança pública é um fator crucial.

Muitos brasileiros acreditam que o problema não reside na atuação dos governadores, mas na própria legislação, que é vista como ineficaz e permissiva.

O chamado “prende e solta” é frequentemente citado nas pesquisas como um exemplo de como as leis falham em garantir a punição adequada para crimes, alimentando a sensação de impunidade.

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A análise do diretor da Quaest é mais uma justificativa a queda de popularidade de Lula, diante de sua política de segurança pública que promove o desencarceramento e vitimiza criminosos.

Nunes apontou que o presidente Lula enfrenta ainda outros desafios significativos em sua popularidade.

A falta de confiança da população, alimentada por promessas não cumpridas, tem impactado negativamente sua aprovação.

Com a inflação em alta e o custo de vida cada vez mais elevado, muitos cidadãos relatam dificuldades até mesmo para comprar itens básicos.

A promessa de campanha de Lula de trazer “picanha e cerveja” para a mesa do brasileiro se tornou um símbolo de frustração para uma população que hoje “mal consegue comer ovo”.

Essa disparidade entre as promessas e a realidade tem gerado descontentamento e ceticismo em relação ao governo, especialmente entre as classes mais vulneráveis.

Ainda segundo o especialista, entre os evangélicos, um grupo eleitoral crucial para o pleito de 2026, Lula não consegue obter vantagem.

Para Felipe Nunes, as eleições serão definidas por apenas 10% do eleitorado, os chamados ‘swing voters’, diante da polarização entre os nomes de Jair Bolsonaro e Lula, ou os candidatos que eles indicarem.

Como se não bastasse, o cenário reflete uma dificuldade do PT em reconquistar apoio entre os chamados “swing voters”, especialmente em estados como São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Para agravar a situação de lula, pesquisas da Quaest mostram que 70% dos eleitores não têm mais medo de perder qualquer benefício social, independente do governo que estiver em curso.

Segundo Felipe Nunes, Jair Bolsonaro contribuiu com isso ao manter e aumentar o valor do Bolsa Família.

Para o especialista, o desafio maior neste momento para Lula é convencer as pessoas de que o Brasil está no caminho certo, mas hoje a pesquisa mostra que 56% acham que Lula está na direção errada.

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Jefferson Lemos é jornalista e, antes de atuar no site Coisas da Política, trabalhou em veículos como O Fluminense, O Globo e O São Gonçalo. Contato: jeffersonlemos@coisasdapolitica.com.br
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