Câmara de São Gonçalo declara prefeito de Niterói ‘persona non grata’

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Em sessão histórica, vereadores demonstraram desprezo pelo fato do prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, não querer repartir os royalties bilionários do petróleo com cidades vizinhas (Divulgação)

A Câmara Municipal de São Gonçalo realizou, na noite de terça (25), uma sessão marcada por intensos debates e decisões polêmicas.

O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, foi oficialmente declarado “persona non grata” na cidade, em razão de sua recusa em dividir os bilionários royalties do petróleo com o município vizinho.

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A decisão, que contou com ampla participação dos vereadores e foi acompanhada por cidadãos gonçalenses, reflete o crescente descontentamento com a postura do prefeito de Niterói.

Durante a sessão, parlamentares destacaram a importância de uma distribuição mais equitativa dos recursos provenientes dos royalties, argumentando que São Gonçalo enfrenta desafios econômicos e sociais que poderiam ser mitigados com o apoio financeiro.

O clima no plenário foi de tensão, com discursos inflamados e manifestações do público presente.

A votação, que resultou na aprovação da moção contra Rodrigo Neves, foi vista como um marco na relação entre os dois municípios, tradicionalmente ligados por questões geográficas e econômicas.

Ao todo, 17 vereadores votaram a favor e apenas 3 contra a moção. O presidente da Câmara, Piero Cabral (Republicanos), não participou da votação, e seis vereadores estiveram ausentes.

A declaração de “persona non grata” não possui implicações legais diretas, mas simboliza um rompimento político e institucional entre São Gonçalo e Niterói.

A Prefeitura de Niterói emitiu uma nota alegando que a Procuradoria do município protocolou uma petição relacionada à questão dos royalties, visando garantir a conformidade com as normas e legislações vigentes.

A nota argumenta que o compromisso da administração em respeitar as regulamentações legais impede a celebração de acordos que não estejam dentro dos limites estabelecidos pela lei.

A expectativa agora é que a decisão pressione o prefeito de Niterói a reconsiderar sua posição e abrir diálogo sobre a divisão dos royalties.

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