Pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (30) trouxe à tona uma percepção alarmante entre os brasileiros: 86% acreditam que, enquanto a polícia cumpre seu papel ao prender criminosos, a justiça falha em mantê-los encarcerados devido à fragilidade da legislação.
Esse dado reacendeu debates também sobre as políticas de desencarceramento promovidas pelo governo Lula e suas implicações na segurança pública.
Impunidade faz assalto virar profissão e alimenta latrocínio
Alimentadas pela impunidade, facções criminosas dominam cada vez mais serviços no Brasil
A oposição tem feito seu papel. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), presidente da Comissão de Segurança Pública (CSP), afirmou que irá priorizar projetos que endurecem penas para crimes violentos e fortalecem o sistema de justiça. Entre os temas debatidos estão o crime de domínio de cidade e o porte ilegal de armas de guerra.
Recentemente, a oposição conseguiu aprovar algumas medidas como a que restringe a chamada “saidinha”, que permite a saída temporária de detentos em datas específicas.
A prática, embora prevista em lei, foi alvo de críticas severas de figuras como o próprio Flávio Bolsonaro e o deputado federal General Pazuello (PL-RJ), que argumentam que ela contribui para a reincidência criminal.
Casos emblemáticos de presos que cometeram novos crimes durante o período de liberdade temporária reforçam essas preocupações.
Além disso, a alta taxa de reincidência entre ex-detentos é frequentemente citada pelos parlamentares como um reflexo da sensação de impunidade.
Não raro, criminosos com extensa ficha criminal são presos e colocados em liberdade em pouco tempo devido à legislação branda e ultrapassada.
Para muitos especialistas, essa sensação de impunidade gerada por essas falhas no sistema contribui diretamente para a escalada de crimes e violência no país.