Enquanto no país asiático criminosos enfrentam a pena de morte sem atenuantes, no Brasil muitos deixam a prisão pela porta da frente logo após a audiência de custódia. Não por acaso, o Japão figura entre os países mais seguros do mundo, em contraste com o Brasil, onde a violência urbana disparou e se tornou a principal preocupação da população.
Enquanto o Japão mantém uma política criminal severa, com legislação rigorosa e pena de morte para crimes hediondos, apresentando uma das menores taxas de criminalidade do mundo, o Brasil enfrenta uma epidemia de violência urbana, agravada por leis obsoletas e políticas de desencarceramento que, segundo críticos, colocam os direitos dos bandidos acima das vítimas.

Nesta sexta-feira, 27 de junho, o Japão executou Takahiro Shiraishi, de 34 anos, conhecido como o “assassino do Twitter”. Condenado à morte por atrair, matar e esquartejar nove pessoas, quase todas mulheres jovens, ele foi enforcado após decisão do Ministério da Justiça. O ministro Keisuke Suzuki declarou que os crimes de Shiraishi foram “extremamente egoístas” e “causaram enorme ansiedade na sociedade”.
Audiências de custódia já libertaram mais de 850 mil presos em 10 anos
Shiraishi usava o Twitter para atrair jovens com tendências suicidas, prometendo ajudá-las a morrer ou até acompanhá-las no ato. Em vez disso, as estrangulava, abusava sexualmente e escondia os restos mortais em seu apartamento em Zama, apelidado pela imprensa de “casa dos horrores”. A brutalidade chocou o país, conhecido por seu baixíssimo índice de homicídios.
No Japão, 80% da população apoia pena de morte
No Japão, mais de 80% da população apoia a pena de morte — aplicada com parcimônia e respaldo legal — como ferramenta de dissuasão e justiça. Por isso, crimes como o de Shiraishi são raros e tratados com firmeza. No Brasil, por outro lado, a criminalidade crescente reflete uma sensação de impunidade generalizada.
Impunidade faz assalto virar profissão e alimenta latrocínio
Segundo levantamento do Datafolha, a violência se tornou a principal preocupação do brasileiro em 2025, superando até mesmo inflação e desemprego. Críticos do governo Lula apontam que medidas recentes, como a flexibilização de penas e o incentivo à soltura de presos, contribuem para a reincidência e para a fragilidade da resposta do Estado às vítimas.
A execução de Takahiro Shiraishi pode ser vista como um recado claro: no Japão, há um limite inegociável entre o Estado e o crime. Já no Brasil, a linha que deveria proteger a sociedade parece cada vez mais tênue.